sábado, 3 de março de 2018

Desmistificando o Passado



A famosa xilogravura de Flammarion, feita a partir de uma gravura em madeira por autor desconhecido, supostamente da Idade Medieval. Na legenda que acompanha a bela e instigante imagem, podemos ler: “Um missionário da Idade Média diz que encontrou o ponto onde o céu e a Terra se tocam" …
Apesar de aparecer pela primeira vez no livro La pluralitè des mondes habitès, de 1862, do controverso astrônomo e teósofo Camille Flammarion, essa imagem é constantemente associada a Giordano Bruno, o frade dominicano filósofo e teólogo, que acreditava na multiplicidade de mundos com vida inteligente, sendo morto por isso entre outras heresias, em 1600 d.C.


                                Desmistificando o Passado


A resposta sempre esteve embaixo dos nossos narizes! Nós é que estivemos com o sensor olfativo desligado da tomada… 
Mas a culpa não é nossa. Por muito tempo estivemos envoltos pelos véus da religião e do misticismo. Entretanto já não é mais possível enganar a todos! A grande maioria das pessoas, que é a massa manipulável, ainda segue de olhos confortavelmente vendados, mas despertarão inevitavelmente mais cedo ou mais tarde; isso faz parte da Evolução! Os que já estão despertos, querem respostas além da fé, querem a coerência de um pensamento lógico e lúcido. Não exatamente o pensamento lógico e lúcido dos acadêmicos, que mesmo não tendo todas as respostas, se sentem no direito de rejeitar as teorias alternativas que são logo rotuladas como pseudociências, e ridicularizar quem nelas acredita, chamando-lhes de crentes, de loucos, dando-lhes apelidos pejorativos como “nibirutas” e tantos outros!... Mas o pensamento lógico e lúcido do questionador solitário que se permite ir além do que foi estabelecido convencionalmente para nutrir uma sociedade calculadamente controlada, uma sociedade que só vai saber o que querem que se saiba, o que é conveniente para que as engrenagens do mundo continuem funcionando muito bem para a elite que o controla e dele desfruta.
O questionador solitário está sempre em busca da verdade, e não se contenta com pouco! Ele busca em todos os lugares, e usando o mecanismo de filtragem, absorve tudo o que é bom e louvável, descartando automaticamente o lixo. Ele sabe separar o joio do trigo, porque já percorreu todos os caminhos, e não esqueceu do que aprendeu! Ele usa o seu Conhecimento para saber discernir. Ele usa o seu bom senso para saber escolher. Mas a pedra de tropeço para quem está buscando, é ignorar que o Conhecimento foi dividido e espalhado pelo mundo, formando egrégoras. E são essas egrégoras que quando juntadas inadequadamente, propiciam a loucura do misticismo, cegando até mesmo os verdadeiros místicos. De fato, nesse meu trabalho, tenho encontrado mais resistência ao entendimento da teoria de Sitchin, no místico refinadamente esotérico, do que no religioso simples! O místico envolvido pelo perfumado véu do esoterismo, desenvolve o hábito peculiar de acreditar que o seu Conhecimento é a Chave que desvenda todos os Mistérios, quando pode ser exatamente o contrário que acontece!
Em certos casos, não adianta tentar explicar que a Cruz Ansata pode não ser apenas um Objeto Sagrado de Poder, e sim, muito mais provavelmente, um artefato tecnológico que não conseguimos compreender, porque o Tempo dissolveu o verdadeiro uso e sentido que o objeto tinha no Passado... Ele vai continuar insistindo que a cruz representa a matéria e o círculo representa o etéreo, e que o Ankh é o símbolo da Vida Eterna. Sim, eu sei, essa é a parte esotérica do ensinamento. E a outra parte? Aquela que explica o que o objeto realmente é, e qual o seu verdadeiro uso?... Pois é, essa parte foi esquecida ou muito mais provavelmente ocultada! Só nos sobraram os simbolismos!... 
É difícil para esse místico se desapegar do que aprendeu nas Escolas de Mistério, pois elas são exatamente o que o salva da Matrix que envolve a grande massa popular. 
O problema é que o verdadeiro Conhecimento do Passado, além de dividido e espalhado, formando egrégoras, se perdeu na Névoa do Tempo, e o que as fraternidades secretas (hoje em dia nem tanto…) nos ensinam, já está em boa parte distorcido ou sofrendo de amnésia. O conteúdo das apreciadas monografias semanais, não explica com exatidão o que aconteceu no Passado, e muitas vezes confunde em vez de elucidar. Eu tenho me deparado com alguns equívocos decepcionantes, e às vezes me questiono se não são propositais... Mas é só um pensamento nebuloso que às vezes ronda minha cabeça inquieta. No geral, essas Escolas e Fraternidades são realmente um oásis em meio a tanta ignorância, e as boas energias advindas das reuniões de seus frateres e sorores nos belos e pacíficos templos modernos, tenho certeza que já salvou o mundo muitas vezes!
Uma outra questão é a simbologia e a linguagem literária usada para exprimir uma ideia, que pode servir tanto para a compreensão, como para a dispersão! Vou dar um exemplo bem simples:

Eis aqui duas versões para Isaías 40: 3-5

VERSÃO BÍBLIA CATÓLICA:
Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará. E a glória do  Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do Senhor o disse.

VERSÃO BÍBLIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ:
A voz de alguém está clamando no deserto: Preparem o caminho para Jeová! Façam no deserto uma estrada reta para o nosso Deus. Que todos os vales sejam aterrados, e que todos os montes e colinas sejam nivelados. O terreno acidentado se tornará plano; e o terreno irregular, uma planície. A glória de Jeová será revelada, e todos a verão, pois a boca de Jeová falou isso.



     Uma das “linhas” inexplicáveis de Nazca, sobre o topo aplainado de uma montanha da região.

Qual das duas versões foi mais fácil de compreender o que aconteceu?... 
Foi esse mesmo critério que provavelmente Zecharia Sitchin usou para conseguir formular sua teoria, e explicar o que aconteceu no passado! Ele simplesmente escolheu entre as diversas traduções dos textos antigos, aquela que fazia mais sentido! O Épico de Gilgamesh, por exemplo, tem diversas cópias, em diversas línguas de culturas diferentes da Mesopotâmia, e cada uma traz algum detalhe diferente da mesma história. Ou o acontecimento é aumentado, ou diminuído, ou lhe é dado uma outra versão dos fatos! O próprio Rei Assurbanipal II, pediu aos seus escribas que reunissem todas as cópias, e se possível trouxessem o original também. Depois pediu que fizessem uma cópia da tradução que fosse a mais coerente por comparação, e guardassem como a cópia oficial do épico, que na verdade é um poema. Os tradutores que trabalharam naquelas primeiras tabuletas de Nínive, e depois as outras que foram surgindo em cada sítio arqueológico do Oriente Médio, se depararam com as diversas cópias, e fizeram suas próprias traduções, e interpretações do texto. Com o tempo e com o conhecimento ampliado da linguagem cuneiforme, surgiram outras nuances ainda não exploradas, que ajudaram a compreender algumas passagens que anteriormente soavam estranhas. A partir dos anos 50, e 60, surgiram vários especialistas na escrita cuneiforme. Desse ponto em diante entra Z. Sitchin, que visitando todos os museus possíveis, e bibliotecas, se pôs a peneirar essas traduções, e suas diversas versões. Depois disso, ele foi juntando os pontos, até que conseguiu dar sua própria interpretação dos fatos relatados nos textos, eliminando a alegoria simbólica, e a substituindo por exemplos mais coerentes de acordo com o conhecimento contemporâneo que já temos das coisas. Sitchin pegou o período da descoberta de Plutão, a corrida espacial, o pouso do homem na Lua, e depois que já havia publicado alguns livros, as primeiras imagens de Urano e Netuno, trazidas pela Voyager II...
Tentam desmerecer seu trabalho, dizendo que mentiu, que inventou, que ocultou a verdade, ou ainda relacionando-o à Maçonaria como se fosse algo diabólico e terrível!...
Não sabemos ao certo se realmente Sitchin era maçom, mas se era, seus pontos aumentaram muito comigo, porque as maiores e mais brilhantes mentes pensantes do mundo, geralmente eram e são maçons! Beethoven, um dos mais célebres compositores clássicos de todos os tempos. Goethe, um dos maiores pensadores e escritores do mundo. Carlos Gomes, o maior compositor clássico brasileiro, e autor da Ópera “O Guarani”. Castro Alves, o grande poeta da Abolição e da alma brasileira. Benjamin Franklin, inventor do pára-raios e um dos redatores da Declaração da Independência dos Estados Unidos. Louis Armstrong, trompetista, e o mais importante músico de Jazz que se conhece. Martin Luther King, líder dos movimentos dos direitos civis, e Prêmio Nobel da Paz. Montesquieu, um dos precursores do Iluminismo. Lavoisier, considerado o fundador da química moderna. Alexandre Dumas, que escreveu obras que se tornaram famosas no mundo inteiro! Quem não conhece “Os Três mosqueteiros”, “O Conde de Monte Cristo” e “O Homem da Máscara de ferro”?... Shakespeare, um dos mais importantes nomes da literatura mundial, e autor da frase mais icônica de todos os tempos: “Ser ou não ser, eis a questão!”... Sir Arthur Conan Doyle, o criador do mais famoso detetive da história: Sherlock Holmes! Tolstói, profundo pensador social e moral e um dos maiores autores do realismo de todos os tempos, autor de “Ana Karenina” e “Guerra e Paz”... E por aí vai!
Como podem observar, todos esses ilustres maçons não estavam preocupados em “manipular mentes”, “controlar a massa” ou “dominar o mundo”! Eles dominaram sim, mas com sua inteligência, talento artístico, e na maior parte da vezes, com seu pensamento profundo e sincero sobre as questões da vida. Pessoas boas e pessoas más, estão em todos os cantos do mundo, e em todas as esferas sociais! Então, claro que pode haver um maçom aqui e alí fazendo coisas erradas e totalmente contra as diretrizes da instituição, mas não se pode confundir e generalizar, usando argumentos tolos e infundados para tentar manchar o nome e o trabalho de uma pessoa, e de quebra, da própria instituição. Se Sitchin era maçom, então era um dos melhores pois o Místico verdadeiro está comprometido em desfazer os mistérios!
E para resolver mistérios, é necessário esvaziar o vaso, de certa forma, esquecer tudo o que aprendeu! Ok, tudo bem... Não precisa esquecer nada, apenas ponha um pouco de lado, e não deixe que seu esoterismo atrapalhe enxergar a superfície, por estar acostumado a olhar sempre para o “lado oculto” da vida. 
É preciso perder a mania de dar significados profundos ao que é raso. A verdade pode estar na ondinha que se forma na superfície da água, e não necessariamente na profundeza do lago que a pedrinha alcança ao ser atirada.
Na verdade, a pior desgraça que poderia acontecer pra humanidade, já aconteceu! E foi a destruição incendiária da Biblioteca de Alexandria. Perder aqueles registros antigos, foi a nossa condenação à ignorância e consequentes superficialidade e arrogância em que vivemos nesses tempos modernos. Nesse hiato de tempo, antes da relativamente recente descoberta da Biblioteca de Nínive, o Conhecimento, e consequentemente o Poder, ficou nas mãos de muito poucos. Dos piores! E foram esses que ditaram as regras às quais a humanidade cegamente segue até hoje.
Mentiras, mentiras e mentiras, são o nosso legado e motivo da nossa servidão ao sistema!
A pergunta é: Por quanto tempo ainda aceitaremos o véu que nos separa da verdade?...
Hoje, temos novamente a oportunidade da revelação, em nossas mãos. É hora de acordar! Essa conversa de que o Conhecimento nunca foi para as massas, é papo furado! Muito conveniente, né?
Hoje em dia, a maior parte das pessoas, tem capacidade de entendimento e pode absorver, incorporar e transmitir qualquer tipo de conhecimento sobre QUALQUER assunto! Nos tempos remotos, a massa sempre soube de toda a verdade! Obviamente, nem todos podem ser reis e nem todos podem ser sacerdotes, detentores de maiores segredos... Pura hierarquia cuja essência sempre foi e é meramente administrativa, ou pelo menos era na origem da coisa toda, e isso remete à famosa e mítica Fraternidade da Serpente, cujo mentor era nada mais nada menos que Enki, o deus sumério do Conhecimento. Naquele tempo, o povo não era ignorante. Sabia onde estava pisando. Os que tinham maior capacidade de compreensão, e estavam mais próximos dos deuses, ensinavam aos outros do povo. Do catador de lixo, ao rei, todos sabiam claramente, sem necessário ato de fé, para quem erguiam suas preces: “Pai nosso que estais nos céus...”  
Quando, os que já sabem a verdade, terão coragem para mudar o que precisa ser mudado? Essa inércia é medo da fogueira social, ou conveniência aos valores atuais? 
A Verdade! Essa será a verdadeira revolução mundial!

Termino este artigo, deixando com vocês as palavras do meu Mestre, quando eu ainda era uma jovem e dedicada Columba Rosacruz. Isso faz muito tempo para quem vive no Tempo da Terra...

“Uma verdadeira iluminação não pode ser misticamente alcançada se seu conteúdo não foi primeiro considerado intelectualmente. A razão dever ser o alicerce sobre o qual assente a busca da iluminação mística ou meditação. A meditação deve ser o crítico da razão. Aquele que não pensa primeiro, não prepara nada que possa refletir a luz do discernimento místico.”
                                                                          Ralph Maxwell Lewis
                                                                           Imperator Rosacruz

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